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quinta-feira, 6 de junho de 2013

O PENSAMENTO DO ESPÍRITO DE EMMANUEL (2)




Do Livro Religião dos Espíritos temos:


Materialistas

Reunião pública de 25/9/59
Questão nº 79

Não podemos afirmar que os materialistas vêm vindo...

Estão nos tempos modernos, por toda parte, tentando inconscientemente apagar a luz do espírito.

Assestam telescópios na direção das galáxias e supõem resolver os enigmas do Universo pelas acanhadas impressões dos cinco sentidos da esfera física.

Devotam-se aos mais altos estudos da Psicologia transcendente e atestam que o homem não passa de símio complexo, sem maiores possibilidades de evolução.

Dizem que estamos longe de equacionar os problemas do destino e do ser, e estabelecem padrões para a genética humana, tomando por alicerce o comportamento de drosófilas e de ratos nas atividades reprodutivas.

Asseveram que é preciso plasmar elites de condutores e dirigem-se à mocidade acadêmica subtraindo-lhe as noções da alma, à feição de sorridentes carrascos da responsabilidade moral.

Destacam o imperativo da solidariedade e preconizam a sumária eliminação dos que nasçam doentes ou incapazes.

Proclamam-se campeões da liberdade e desprezam quem lhes não aceite o figurino mental.

Recomendam a investigação das questões do espírito e injuriam as inteligências sinceras e desassombradas que a elas se afeiçoem.

Aconselham o respeito às religiões e, em vez de ajudá-las no apostolado de amor pela extinção do sofrimento, solapam-lhes a existência, a golpes de sarcasmo sutil.

Claro que não nos reportamos aos pesquisadores respeitáveis, porque a Ciência – matriz do progresso – será sempre, no mundo, a interrogação vestida de luz, entesourando experiências, diante da verdade.

Referimo-nos aos epicuristas de todas as épocas, sejam eles autores de fulgurantes pensamentos destrutivos, em alentados livros sobre a Natureza, ou meros conversadores de salão, interessados nas sensações inferiores, a detrimento da sublimação íntima.

Desde as primeiras horas de nossa formação doutrinária, os mensageiros do Cristo explicaram que o Espiritismo contribuirá no aperfeiçoamento da Terra, anulando o materialismo, por ensinar aos homens a dignificação do futuro, mantendo-os livres de seitas e cores, castas e privilégios.

Temos, assim, a tarefa de conduzir para a frente a bandeira da imortalidade, com o trabalho incessante que lhe é conseqüente, mas, para atingirmos a meta, é imperioso se disponha cada um de nós a viver em si mesmo os princípios que prega, com a obrigação de servir e com o dever de estudar.

EMMANUEL


Materialismo

Reunião pública de 28/9/59
Questão nº 148

Para dissipar a sombra do materialismo a espessar-se no espírito humano, é forçoso evitemos a atitude daquelas autoridades da antiga Bizâncio, que discutiam bagatelas, enquanto os inimigos lhes cercavam as portas.

Reconhecendo a impossibilidade de vincular essa anomalia às raízes da ignorância, de vez que o epicurista é, invariavelmente, alguém que se prevalece da cultura intelectual para extrair da existência o máximo de prazer com esquecimento da responsabilidade, interpretemos o materialismo como sendo enfermidade obscura, espécie de neoplasma da mente, a degenerar-lhe os mecanismos. Da tumoração invisível surge a violência e a crueldade, a desumanidade e o orgulho por metástases perigosas, suscetíveis de criar as piores deformidades no mundo íntimo.

E tanto quanto a ciência médica ainda encontra dificuldades para definir a etiologia do câncer, surpreendemos, de nossa parte, os maiores entraves para explicar a causa de semelhante calamidade, porquanto, sendo a idéia de Deus imanente em todas as leis do Universo, não é compreensível se isole, voluntariamente, a razão da sua origem divina.

Convençamo-nos, porém, de que todo desequilíbrio do espírito pede, por remédio justo, a educação do espírito.

Veiculemos, assim, o livro nobre.

Estendamos a mensagem edificante.

Acendamos a luz dos nossos princípios nas colunas da imprensa.

Utilizemos a onda radiofônica, auxiliando o povo a pensar em termos de vida eterna.

Relatemos as nossas experiências pessoais, no caminho da fé, com o desassombro de quem se coloca acima dos preconceitos.

Amparemos a infância e a juventude para que não desfaleçam à míngua de assistência espiritual.

Instruamos a mediunidade.

Aperfeiçoemos nossos próprios conhecimentos, através da leitura construtiva e meditada.

Instituamos cursos de estudo do Evangelho de Jesus e da obra de Allan Kardec, em nossas organizações, preparando o futuro.

Ofereçamos pão ao estômago faminto e alfabeto ao raciocínio embotado.

Plantemos no culto da caridade o culto da escola.

E, sobretudo, considerando o materialismo como chaga oculta, não nos afastemos da terapia do exemplo, porque, em todos os climas da Humanidade, se a palavra esclarece, o exemplo arrasta sempre.
EMMANUEL


Do Livro Emmanuel temos:


O TÓXICO DO INTELECTUALISMO

Nos tempos modernos, mentalidades existem que pugnam pelo desaparecimento das noções religiosas do coração dos homens, saturadas do cientificismo do século e trabalhadas por idéias excêntricas, sem perceberem as graves responsabilidades dos seus labores intelectuais, porquanto hão de colher o fruto amargo das sementes que plantaram nas almas jovens e indecisas. Pede-se uma educação sem Deus, o aniquilamento da fé, o afastamento das esperanças numa outra vida, a morte da crença nos poderes de uma providência estranha aos homens. Essa tarefa é inútil. Os que se abalançam a sugerir semelhantes empresas podem ser dignos de respeito e admiração, quando se destacam por seus méritos científicos, mas assemelham-se a alguém que tivesse a fortuna de obter um oásis entre imensos desertos. Confortados e satisfeitos na sua felicidade ocasional, não vêem as caravanas inumeráveis de infelizes, cheias de sede e fome, transitando sobre as areias ardentes. 

EMMANUEL


No próximo texto, Emmanuel nos descreve com profundidade e conhecimento de causa, o que são os piores momentos de nossas vidas. É uma radiografia perfeita que nos emociona muito devido à sua plena descrição destes que são os nossos piores momentos, e dos sentimentos que nos acompanham nesta hora, a hora das “Grandes Perdas”.
Os ateus com suas CRENÇAS; pois o ateísmo não passa de uma crença, sem nenhuma fundamentação da ciência, ciência que até hoje não provou que Deus não existe e nem tem essa capacidade de fazê-lo, lembrando também que isto não é missão e objeto de estudos dela, pois a ciência existe e tem como missão estudar e compreender a natureza,  os seus mecanismos e estruturas; pois bem, os ateus com as suas crenças, só multiplicam por infinito a dor e o sofrimento que nos acompanham nesses que são os piores momentos das nossas vidas e isto é óbvio, pois eles acreditam que a vida, a consciência não continua a existir após a morte. Mas Emmanuel, ao mesmo tempo que descreve perfeitamente a intensidade da dor de quem passa por esta experiência que todos passarão, nos traz ao final a esperança de que a morte não é o fim da vida, não é um adeus, é um até logo, um até breve. Emmanuel nos traz a certeza do nosso reencontro com os nossos entes amados, na VIDA MAIOR, esperança que o ateísmo é absolutamente incapaz de dar.


O pensamento e as palavras de Emmanuel nos consolando, nos dando e revigorando esperanças em nossos piores momentos.


Ante os que partiram

Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.

Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.

Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima.

Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.

Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.

Também eles pensam e lutam, sentem a choram.

Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.

Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.

Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.

Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.

Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.

Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.

E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.

Do livro Religião dos Espíritos - Emmanuel


Dauro Mendes

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