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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PodSaber #52 - 01.08.2016 Portal Saber 4 Anos - Episódio Especial - A Igreja Anglicana e a Mediunidade


O SABER ESPIRITISMO é isto: um grupo de amigos que em há quatro anos se reencontrou para cumprir um compromisso há muito assumido, e quando dizemos há muito, é há muito mesmo. Inspirados e direcionados pela Espiritualidade generosa e sob a luz do Divino, no primeiro dia do mês de agosto de 2012, iniciamos um trabalho de gravação de podcasts e videocasts sobre vários assuntos do nosso cotidiano, ligando-os a conhecimentos científicos e a conceitos espírita-cristãos. Buscamos difundir, em caráter instrutório e não doutrinário, o maravilhoso e imprescindível legado de conhecimento que nos foi deixado por Jesus e Alan Kardec, além de divulgar toda vida de doação e a grandiosa obra do nosso tão amado chico Xavier, que em razão de sua conduta irrepreensível e amor imensurável, sem falar na mediunidade até hoje sem comparativo, teve mente e coração abertos para as lições Emmanuel.  Com os podcasts e videocasts, buscamos levar aos internautas a oportunidade de refletir e questionar situações e circunstâncias que a todo tempo batem à nossa porta e revolvem as águas paradas do pensamento confortavelmente estagnado, porém inseguro. Esse despertar, o saberespiritismo busca levar a todos os cantos do mundo por meio da multimídia, e é importante ressaltar que o próprio chico Xavier já anunciara esse mecanismo no início da década de 1980.  O trabalho do saberespiritismo é singelo, contudo firme e profundamente inserido no mais alto comprometimento com a verdade e o amor.

Somos, pois, o SABER ESPIRITISMO!

Conheça-nos: www.saberespiritismo.com



Para baixar o arquivo MP3, clique com o botão direito do mouse sobre o link e escolha a opção "Salvar link como" ou clique no botão de play, abaixo do link, para ouvir o episódio.

MP3 DOWNLOAD


“Ideia de que aos poucos as religiões do mundo irão agregar os conceitos fundamentais do Espiritismo. E que as religiões ficarão naturalmente tão parecidas, que não se fará mais a distinção entre uma e outra. Pouco importará a qual religião se siga. Haverá uma harmonia mundial em relação a conceitos sobre vida e espiritualidade. Todos unidos em concordância, em prol do Bem Universal”.

Léon Denis - No Invisível

Assim podemos sinterizar dizendo: "O Espiritismo não é a Religião do Futuro, mas o Futuro das Religiões"

Reverend Michael Cocks - Christianity and the Afterlife Communications - Legendado em Português
Olá, amigos.Gostaria de compartilhar uma entrevista de 25 minutos com o padre anglicano Michael Cocks. Pessoa caridosa e dedicada aos estudos da mediunidade sob a ética cristã.

New Zealand Anglican priest talks about his experience with afterlife communications and their importance to Christianity and vice-versa.

 Padre Anglicano neozelandês fala sobre suas experiências com comunicações de espíritos e sua importância para o cristianismo e vice-versa.



 “Relatório da Maioria”

Oi, amigos. Abaixo está um documento muito importante, porque ele mostra um grupo de pessoas especializadas dando seu aval para o uso das comunicações mediúnicas nas atividades da Igreja Anglicana – uma espécie de Igreja Católica inglesa.
Além desse aval, destacaríamos o parágrafo último que diz:
“É, em nossa opinião, importante que representantes da Igreja devam se manter em contato com grupos de pessoas inteligentes que acreditem no Espiritualismo. Temos que deixar uma orientação prática a esse respeito, para a Igreja propriamente dita. ”
É o que a Aíla ou o Michael Cocks, reverendo anglicano, têm feito em suas experiências, e é o que Allan Kardec queria que acontecesse – que as pessoas das diversas religiões não temessem os espíritas, pois a Doutrina Espírita não se ocupa de questões dogmáticas religiosas, já que busca as verdades que estão na natureza, abrindo campo para o contato com todas as fontes religiosas já que:
“O Espiritismo, portanto, longe de ser o antagonista da religião, é o seu auxiliar; e a prova é que conduz às idéias religiosas os que as haviam repelido. Em resumo, jamais o Espiritismo aconselhou a mudança de religião, nem o sacrifício de suas crenças; não pertence particularmente a nenhuma religião, ou, melhor dizendo, está em todas elas. ” (Kardec, Revista Espírita, outubro de 1861)
“O que é perfeitamente certo é que quando todas as religiões reconhecerem que adoram o mesmo Deus sob diferentes nomes; que lhe concedem os mesmos atributos de soberana bondade e justiça; e que não diferem senão na forma de adoração, os antagonismos religiosos cairão. É a esse resultado que deve conduzir o Espiritismo. ”
(...) se algum dia o Espiritismo se tornasse uma religião, não poderia tornar-se intolerante sem renegar seu princípio, que é a fraternidade universal, sem distinção de seita e de crença; sem abjurar sua divisa: Fora da caridade não há salvação, o símbolo mais explícito do amor ao próximo, da tolerância e da liberdade de consciência. Ele jamais disse: “Fora do Espiritismo não há salvação. ” Se uma religião se apoiasse no Espiritismo com exclusão desses princípios, não seria mais Espiritismo. ”  (Kardec, Revista Espírita, setembro de 1866)
Veremos que, apesar de o relatório ser bem superficial quanto à pesquisa paranormal, que na época praticamente só servia para tentar desbancar a mediunidade, ele – o relatório – chega a importantes conclusões a respeito do assunto, questionando o posicionamento da própria Igreja Anglicana (parte delicada para se falar) no que se refere à crença da existência da Vida após a Morte. Estamos falando aqui, portanto, da cogitação das religiões organizadas em levar em conta, em suas teologias, o Espiritismo – as informações vindas por meio de mediunidade. Daí a importância capital desse assunto, para entendermos o porquê o fenômeno, como em outras palavras Kardec dizia, democratiza o conhecimento, tirando-o das mãos de alguns privilegiados, e o espalhando por toda a humanidade.
Outro ponto interessante é que os cristãos (no caso, os anglicanos) questionam a falta de cristianismo dos espiritualistas. Isso se deu em 1939, quando de sua publicação e Emmanuel, em 1938, já aconselhava dizendo que se não se formasse uma mentalidade cristão no meio espiritualista ou espírita. Emmanuel, no entanto, não deixa de destacar a necessidade do espiritualismo na igreja, para que haja uma evolução nas concepções – é isso que nossos irmãos de boa vontade, vinculados às suas ordens cristãs, estão tentando fazer.
Um detalhe é a expressão “Espiritualismo” muito usada. Neste caso em particular, a palavra se refere ao movimento novo, na Europa, a toda sorte de práticas e estudos que envolviam questões espíritas. A palavra “espírita”, no entanto, era mais específica quanto ao trabalho de Kardec. Emmanuel também usava esta terminologia. Vejam:

“O QUE É O MODERNO ESPIRITUALISMO O moderno Espiritualismo não vem revogar as leis diretoras da evolução coletiva. As suas concepções avançadas representam um surto evolutivo da Humanidade, uma época de mais compreensão dos problemas da vida, sem oferecer talismãs ou artes mágicas, com a pretensão de derrogar os estatutos da Natureza. ”

“Nos tempos modernos, as ideias novas, referentes ao espiritualismo e à imortalidade, necessitam difusão por toda parte. ”
Emmanuel – Emmanuel – 1938

Bem, como podem ver, o assunto é de interesse particular de nossos irmãos maiores, Kardec e Emmanuel. Vários outros pontos podem ser abordados, pois é tema profundo e rico em sua abrangência.
Abaixo vai uma tradução livre do “Majority Report”. Desculpem quaisquer erros, mas revisei duas vezes apenas, antes de passa-lo para a Irmã Aila.
Abração a todos.
  
A IGREJA DA INGLATERRA E O ESPIRITUALISMO

Este é o relatório original da Igreja da Inglaterra sobre Espiritualismo, completado em 1939, como na publicação da Psychic News no final dos anos de 1960.
O prefácio é de A.W. Austen, então Editor da Psychic News.
O parágrafo final é de particular interesse, já que ele pode ser a razão de ter este relatório sido abafado, por tanto tempo, pela Igreja da Inglaterra (Anglicana).
A íntegra do texto “O Relatório da Maioria”, da Igreja da Inglaterra, indicado pelo Arcebispo Lang e Arcebispo Templo, para se investigar o Espiritualismo. Este Relatório da Maioria foi assinado por sete dos dez membros do Comitê. Os outros três assinaram um Relatório da Minoria.

O Porquê da Publicação deste Relatório

O Comitê indicado, em 1937, pelos Arcebispos, para que se investigasse o Espiritualismo, estudou cuidadosamente o assunto por dois anos e entregou seu relatório. Tanto o Comitê quanto o público esperavam que as orientações contidas nele fossem postas à disposição de todas as instâncias da Igreja Anglicana que, até então, não havia obtido nenhuma posição oficial com referência às comunicações com os mortos.
Depois de que um tempo considerável havia passado e nenhuma declaração havia sido feita, foram feitos questionamentos, e a Casa dos Bispos tinha tomado a surpreendente atitude de ignorar os relatórios.
Por nove anos, os relatórios foram mantidos em segredo. Então, numa manhã, misteriosamente apareceram em minha mesa de escritório o que parecia ser uma cópia de “O Relatório da Maioria”.
Entrei em contato com um membro do Comitê, que eu sabia ser a favor de sua publicação, embora ele estivesse impedido pela sua lealdade à Igreja em manter os segredos dela.
“Tenho uma cópia de O Relatório da Maioria e vou imprimi-lo”, eu disse a ele.
“Há uma ou duas frases que estão obscuras, em virtude da digitação irregular, mas eu prefiro imprimir uma versão levemente inexata a não imprimir nenhuma. No entanto, se, no interesse da verdade, você puder ler o que eu tenho e corrigir onde necessário, você estará prestando um serviço a todos os interessados. ”
A suposta cópia foi datilografada novamente e um relatório foi enviado com ela para o membro em questão. O que obtive de volta foi uma cópia datilografada corrigida, com cada vírgula marcada e linhas que faltavam escritas nas margens. Estava completo em cada detalhe.
O relatório foi publicado na “Psychic News” e, em conjunto com a “Press Association", cópias dele apareceram em jornais por todo o mundo.
Mesmo assim, a Igreja manteve pesado silêncio. Cópias do documento foram enviadas para todos os bispos e os dois Arcebispos. Nenhum comentário foi feito, exceto o de um protesto do Arcebispo de Canterbury.
Minha cópia do relatório deu a todas as instâncias da Igreja da Inglaterra a orientação que havia sido negada a elas pela Casa dos Bispos. Aos Cristãos em todo o mundo veio a notícia de que um Comitê de Clérigos influentes, examinando o Espiritualismo, em nome da Igreja e a pedido dos Arcebispos, tinha chegado à conclusão de que era uma verdade e que poderia ser uma valorosa contribuição ao ministério Cristão.
A.W.Austen


A Igreja, A Ciência e os Leigos

A IGREJA DA INGLATERRA E O ESPIRITUALISMO

Esta é a íntegra do texto “Relatório da Maioria”, submetido à Casa dos Bispos, pelo Comitê dos Anglicanos, indicado pelos Arcebispos de Canterbury e York, para investigarem o espiritualismo (espiritismo).
Para que se interprete nosso depoimento, é importante que se leve em conta as teorias vigentes entre os espiritualistas mais experimentados e cautelosos, no que respeita à natureza e o valor das supostas mensagens recebidas pela ação dos médiuns.
É dito, nas próprias instruções dos “comunicantes”, que os espíritos e guias pertencem aos mais variados níveis de desenvolvimento espiritual e que detêm conhecimentos muito fragmentados, e que os “guias” dos quais eles se valem podem ser personalidades muito pouco desenvolvidas, que são capazes dessa atividade em particular, porque estão intimamente ligados com as partes temporariamente desassociadas dos médiuns em questão.
Há, portanto, pelo menos três fatores que tornam uma mensagem – em especial aquelas de uma alta ordem de valor espiritual ou metafísico, sujeita à complicações, que levam a dificuldades, geralmente reconhecidas pelos espiritualistas, que os comunicantes, em qualquer circunstância, teriam em transmitir mensagens que ainda não se encaixariam com as condições de nosso conhecimento.
Não há, no entanto, nada de contraditório ou necessariamente improvável neste relato sob as condições das comunicações. No entanto, não é mais que uma hipótese, incapaz de ser provada cientificamente ou de nos auxiliar na identificação da autenticidade das comunicações propriamente ditas.
A verificação de tais comunicações, caso seja sequer possível, tem que se apoiar nos exames científicos comuns. Dizer isso não é, no entanto, negar que as comunicações possam às vezes ser convincentes sob outros pontos de vista que não os científicos.
De qualquer forma, parece ser necessário se distinguir entre o contato com amigos falecidos e com os “guias’, e se ter certeza de que as mensagens tenham necessariamente qualquer alto valor, porque elas vêm por meio desse canal incomum.
É talvez de alguma importância notar que há um consenso geral nas comunicações de que o tempo não tem o caráter rígido cronológico na vida após a morte. Isso pode ser provável sob outros fundamentos, mas é interessante indicador da possível causa de as comunicações frequentemente serem confusas ou errôneas no que se refere às indicações exatas de tempo.
Isso pode não ser uma falha em sua percepção do real significado dos acontecimentos tanto quanto de sua capacidade de transmitir seu modo de entender, sob uma forma que possa ser adaptada à mentalidade do médium e ao entendimento daqueles para os quais a mensagem é dirigida.
É frequentemente dito com grande ênfase que o espiritualismo, em muitos pontos, reafirma as mais altas convicções das pessoas religiosas e que ele trouxe muitos a uma nova confirmação dos ensinos que tinham perdido o sentido para elas.
Este ponto traz alguma dificuldade, já que a essa certeza parece vir em informações diferentes e até conflitantes. Nós não ignoramos o fato de que pelo menos uma importante organização espiritualista seja definitivamente anticristã em seu caráter. Esta divergência de relatos é explicada pelos espiritualistas como resultado da continuidade do estado mental dos espíritos, pelo menos por um período, dentro do sistema de crenças que eles mantinham em sua vida física.
Nós complementaríamos dizendo que qualquer que seja o valor desta suposta confirmação da verdade religiosa, o espiritualismo não parece ter somado em nada a não ser talvez pela ênfase prática no entendimento de tais verdades.
Muitas supostas comunicações parecem, de fato, estar abaixo dos mais altos padrões cristãos e de insight espiritual e abaixo também do nível de insight espiritual e capacidade mental que os comunicantes sustentavam quando em vida.
Se por um lado há a insistência na supremacia do amor, como na assertiva do Novo Testamento de que “Deus é Amor”, por outro, às vezes as mensagens sobre o trabalho mediador do Cristo caem bem abaixo do ensino cristão evangélico como um todo, parecendo depender mais de um poder sobre os milagres de materialização (nas aparições da Ressurreição) do que de uma aceitação do fardo da culpa do pecado do homem e da vitória conseguida para nós na Cruz.
No entanto, é claramente verdade que o reconhecimento da proximidade de nossos amigos que morreram e de seu progresso na vida espiritual e de suas contínuas preocupações conosco, não deve, para os que a experimentaram, senão somar uma importância renovada e riqueza em sua crença na comunicação com os Santos.
Parece não haver nenhuma razão para que a Igreja considere como descrédito esse enriquecimento pessoal e vital de uma de suas doutrinas centrais, sob a condição de que isso não distraia os Cristãos de sua ventura fundamental que é sua ida, quando forem, à presença de seu Senhor e Mestre, Jesus Cristo Propriamente Dito, ou que enfraqueçam o sentido de que sua fraternidade é fraternidade em Cristo.
Os espiritualistas dizem que o caráter de muitos dos acontecimentos da revelação Cristã, como relatado nos evangelhos, é exatamente o dos fenômenos psíquicos e que a evidência das ocorrências paranormais, que o espiritualismo apresenta, confirma fortemente a historicidade dos registros evangélicos, no sentido de que eles são também registros de fenômenos paranormais, incluindo, por exemplo, casos de clarividência (na história de Natanael) e a materialização (na multiplicação dos pães, e, acima de tudo, na narrativa das aparições da Ressurreição).
Os milagres de cura são aclamados como paralelos aos das curas feitas pelos médiuns. É bem enfatizado que se nós não aceitamos a evidência dos acontecimentos paranormais modernos, não deveríamos também, a não ser pela tradição, aceitar os registros evangélicos.
É bem verdade que há paralelos bem claros entre os acontecimentos milagrosos, registrados nos evangelhos, e os modernos fenômenos paranormais confirmados pelos espiritualistas. E se nós dissermos que o que acima foi dito deve ser posto em dúvida, porque tais fenômenos ainda não foram capazes de serem atestados sob verificação e testemunho científicos, temos que lembrar que os milagres e a Ressurreição em si não podem ter tal verificação também.

Portanto, nós temos que quais são as bases Cristãs apropriadas, na crença nestas verdades.   Nossas bases para esta fé são encontradas na afirmativa mística de que Jesus de Nazaré, como recebemos dEle, é mesmo a palavra de Deus para nós, mais amplamente, na apreensão de valores éticos e espirituais.
Nós não aceitamos os evangelhos porque eles registram maravilhas, mas porque eles tocam de verdade as potências de apreensão espiritual que possuímos.
Mas se é assim, temos que aplicar critérios semelhantes às alegações dos espiritualistas e isto significa que enquanto nós consideramos algumas partes dessas alegações uma questão da alçada da ciência, nós consideramos outras partes dessas alegações como não propriamente sujeitas à verificação ou debate científico, mas, ao mesmo tempo, merecendo a consideração dos Cristãos, sobre outras bases.
Foi visto, nos casos de evidência submetidos ao nosso Comitê, que, no que se refere a testes científicos rígidos, muito pouco, se alguma coisa, permanece tanto verificável e inexplicável, do montante total dos fenômenos paranormais.
O conhecimento da psicologia moderna revela uma grande gama de forças e fontes possíveis de mal entendidos em nosso subconsciente e inconsciente. Quando estes se combinam, com a possibilidade de transferência de pensamento, de telepatia, muitas comunicações conseguidas por médiuns parecem sujeitas à explicação.
Temos que salientar que nenhuma evidência para a telepatia propriamente dita esteja por vir em breve, mas provavelmente a maioria dos cientistas aceitaria a telepatia como um fato, sem que se pretendesse oferecer uma explicação para ela. Se a telepatia for negada, a evidência de que essas comunicações venham de fato de espíritos desencarnados será altamente reforçada do lado científico.
Mas esses testes, aplicados por cientistas, são em sua natureza muito experimentais, objetivos e impessoais.
É necessário que se pergunte se tais testes não invalidam em si próprios um questionamento de valores que são em essência pessoais e espirituais.
As experiências que muitas pessoas acharam mais convincentes são de um tipo que dificilmente aconteceria numa atmosfera de investigação científica. Elas são esporádicas, ocasionais e altamente individuais. Elas não poderiam talvez ser repetidas ou submetidas à análises estatísticas.
É válido notar nesta conexão que, nos assuntos e crenças comuns da vida humana, não exigimos uma averiguação científica desse tipo. Nós aceitamos muitas coisas como certas, no âmbito de nossas relações pessoais, sobre fundamentos intuitivos.
Quando nós dizemos que conhecemos nossos amigos, nós queremos dizer algo bem diferente de que podemos dar um relato científico verificável sobre eles. Estamos, no entanto, certos do nosso conhecimento. Certezas semelhantes podem ser encontradas na esfera da experiência mística.
Pode até ser que na questão da evidência da vida após a morte, nós sejamos dependentes desse mesmo tipo de saber intuitivo e que a averiguação científica, embora válida onde possa ser obtida, seja de importância secundária e apenas parcialmente relevante.
E é precisamente isso que a situação na qual nos encontramos, em nossa reafirmação do Cristianismo propriamente dito.
“Andamos pela fé, e não pela comprovação.”
É, portanto, uma fraqueza, mais que uma força, na postura espiritualista o fato de que ela tem se fundamentado na averiguação científica. Se métodos científicos rigorosos forem aplicados, é provável que tal evidência nunca será obtida.
Devemos também salientar a postura do ponto de vista das ciências como se segue: “Não há nenhuma evidência satisfatória em favor dos fenômenos psíquicos paranormais (materializações, aportes, telecinese, etc.). Todas as evidências científicas disponíveis são contra a ocorrência de tais fenômenos.”
Além disso, a hipótese de atividade mental inconsciente na mente do médium ou sensitivo é uma hipótese alternativa forte àquela da ação de entidades desencarnadas em casos de mediunidade de efeitos intelectuais.
Portanto, o veredito estritamente científico sobre o assunto da sobrevivência das pessoas só pode ser o de que não há provas. Mais uma vez, toda a questão da percepção extra-sensorial é ainda uma questão de subjúdice científico.
Por outro lado, algumas experiências psíquicas notórias de indivíduos, incluindo certas experiências com médiuns, mostram uma forte evidência, à primeira vista, da sobrevivência e da possibilidade das comunicações espirituais, enquanto considerações filosóficas, éticas e religiosas podem ser sustentadas, todas somando-se em peso considerável.
Achamos que seja provável que a hipótese de que elas procedam, em alguns casos, de espíritos desencarnados seja a verdadeira.
O muito que pode ser dito, mesmo de maneira muito cautelosa, envolve consequências muito importantes, e torna necessário certos alertas.
É abundantemente claro, com os próprios espiritualistas admitem, que uma credulidade fácil nesses assuntos abre portas à auto decepção e um grande número de fraudes.
Estamos muito impressionados com a evidência disso que percebemos, e desejamos registrar um alerta dos mais enfáticos àqueles que se tornem interessados no Espiritualismo por motivo de mera curiosidade ou como um jeito de escapar da responsabilidade de tomar decisões como Cristãos, sob a orientação do Espírito Santo.
É legítimo que Cristãos que sejam qualificados cientificamente façam desses assuntos alvo de perquirição científica, no entanto, como já dissemos, tais perquirições têm suas limitações.
Mas não é legítimo, e é inquestionavelmente perigoso permitir-se um interesse em Espiritualismo, num baixo nível de valores espirituais, com o objetivo de substituir a religião mais profunda, que jaz fundamentalmente na relação correta da alma com Deus Propriamente.
É preciso manter-se com clareza em mente que nenhuma das obrigações ou valores cristãos fundamentais se modifiquem de forma alguma, com a aceitação da possibilidade da comunicação com os espíritos desencarnados.
Onde esses princípios essenciais são preservados, aqueles que têm certeza de que têm estado em contato com seus amigos que já partiram poderão, com acerto, aceitar o sentimento de expansão e de continuidade da fraternidade que tal contato traz.
É importante distinguir-se entre certeza do contato pessoal e certeza da exatidão e autoridade da mensagem recebida. Como já vimos, e como muitos espiritualistas admitem, há grande chance de que mesmo as mensagens autênticas estejam sujeitas a distorção.
Há grande perigo de erro de orientação se tais mensagens são aceitas como orientação com força de autoridade, a não ser que elas sejam analisadas pela nossa razão humana sob a orientação do Espírito Santo, por meio da oração.
Mas não há razão para não se aceitar com satisfação a certeza de que nós continuamos a ter um contato próximo com aqueles que nos foram queridos nesta vida, que já seguiram, como seguiremos nós próprios no entendimento e realização dos propósitos de Deus.
Nós não podemos evitar a impressão de que uma grande parte do movimento espiritualista tem como centro o homem mais do que Deus, e é, de fato, materialista em seu caráter. Até o momento, tem sido um substituto para a religião, mas não é em si uma religião em absoluto. Estamos impressionados com as respostas insatisfatórias dadas por espiritualistas praticantes, para questões como,
“A sua vivência de oração, seu sentido de Deus, foram fortificados pelas experiências Espiritualistas?
Isso explica em grande parte a relutância que muitos cristãos têm em se envolverem de alguma forma com o Espiritualismo.
Mas se o Espiritualismo, de fato, tem um apelo tão grande sobre alguns, é pelo menos em parte porque a Igreja não se proclamou e praticou sua fé com a convicção devida.
Há com frequência pouca fraternidade real, mesmo entre os vivos, e a total e íntima realidade da Comunhão com os Santos é frequentemente letra morta.
O Espiritualismo alega, de fato, estar tornando a realidade que a Igreja proclama acessível, mas da qual parece oferecer apenas uma sombra. Isso é, claro, apenas parte da verdade.
Para muitos, o apelo para o Espiritualismo está em razões mais inferiores. Ele pode estimular a curiosidade pelo bizarro. Ele pode oferecer consolação de formas que são muito fáceis.
Ele pode dar ensejo a que os homens escapem ao desafio da fé que, quando verdadeiramente proclamada, faz um chamado tão forte na vida dos homens que eles não o enfrentam, mas se desviam para caminhos mais fáceis.
É sempre dito que a prática do Espiritualismo é perigosa para a saúde mental, bem como para o estado espiritual, daqueles que participam dele e é claramente verdade que há alguns casos em que tal prática se torna obsessiva em suas caraterísticas.
Mas é muito difícil julgar-se nesses casos se o tipo de temperamento acrítico e ignóbil que de fato sem dúvida aparece em certos Espiritualistas seja o resultado ou a causa para seu vício nessas práticas.
Psicologicamente é provável que pessoas, na condição de perturbação mental ou falta de equilíbrio, se valessem, naturalmente, do uso de oportunidades claras, ensejadas pelo Espiritualismo, como meio de expressarem suas emoções reprimidas, as quais teriam causado suas perturbações.
Isso é verdadeiro para o Cristianismo mesmo, que frequentemente se torna uma válvula de escape, não apenas para excêntricos, mas para pessoas que são claramente instáveis mentalmente.
Deve-se notar que os Espiritualistas estão bem conscientes dos perigos para aqueles que já são instáveis, e até para aqueles que são equilibrados, em que há motivações errôneas e as precauções em relação a sinceridade inadequadas.
Seja como for, está claro que onde a evidência é de difícil interpretação, é certo que o Espiritualismo tem grande necessidade dos altos padrões de Cristianismo e de testemunho de uma vida que se baseie na fé em Deus e que é, portanto, livre dos conflitos de desejo e de propósitos aos quais todas as vidas que carecem desses princípios estão sujeitas.
Há uma opinião sustentada com algum grau de autoridade da Igreja, a de que os fenômenos psíquicos são reais, mas que eles procedem de espíritos do mal. A possibilidade de que espíritos de uma baixa ordem possam buscar exercer influência sobre nós, por esse meio, não pode ser excluída, como inerentemente ilógica ou absurda, mas seria extremamente improvável não haver também a possibilidade de contato com os bons espíritos.
A crença nos Anjos guardiães ou guias é bem geral na Cristandade.
Mas, de qualquer forma, o Cristianismo se baseia em Deus e suas atividades fundamentais são a oração, a adoração, que resultam em adoração amorosa do ser humano. Uma vida tão bem fundada não tem nada a temer as influências do demônio ou poderes de quaisquer tipos.
A Igreja Anglicana, em razão de controvérsias pretéritas, tem sido, no geral, bem cautelosa nessas referências aos que já partiram. As orações para os mortos não satisfazem as necessidades das pessoas, porque elas são tão cuidadosas em sua linguagem que não fica sempre evidente que se esteja orando pelos mortos, em contrapartida aos vivos.
No geral, precisamos de muito mais liberdade em nosso reconhecimento da unidade vivente de toda a Igreja, neste mundo e naquele que jaz após a morte. Mas sugestões detalhadas a respeito disso devem ser tema para debate e vão além do propósito deste Relatório.
Se o Espiritualismo, com todas as aberrações postas de lado e todas as precauções tomadas, para apresenta-lo humildemente e com precisão, contém uma verdade, é importante ver essa verdade não como uma nova religião, mas apenas como complemento para certas lacunas em nosso conhecimento, a fim de que onde já tenhamos percorrido pela fé, possamos agora também ter uma medida da comprovação.
É, em nossa opinião, importante que representantes da Igreja devam se manter em contato com grupos de pessoas inteligentes que acreditem no Espiritualismo. Temos que deixar uma orientação prática a esse respeito, para a Igreja propriamente dita.


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