Prezados amigos vejam a importância do que o famoso prêmio Nobel de física de 2003, Anthony Leggett, disse sobre a paranormalidade. O restante da entrevista se encontra na Gazeta de Física volume 28, fascículo 3, ano 2005. Este precioso material foi encontrado pelo Marconi Gomes.
Dauro Mendes
- Diz-se frequentemente que a Biologia é a ciência do futuro…
R. - Eu diria que a nossa compreensão do funcionamento do cérebro atualmente não é certamente melhor, é, na verdade provavelmente pior, do que foi a nossa compreensão da matéria a nível atômico no final do século XIX. Portanto, parece-me perfeitamente concebível que o século XXI traga a esse domínio o mesmo tipo de revolução a que assistimos na Física do século XX. E o desafio é, no mínimo tão grande. Na verdade, acrescentaria ainda algo que talvez vos vá chocar: penso que não será nenhuma desonra para os físicos estudar o que chamamos fenômenos paranormais. Associados a estes fenômenos há uma variedade de coisas que vão desde as experiências onde se tentam adivinhar as cartas até às especulações sobre a vida para além da morte. É óbvio que em muitas destas atividades há grande charlatanismo, ilusões pessoais, mas isso não quer dizer que não haja nada por trás. Devemos recordar que, no século XV, havia muitos trabalhos em alquimia. A maior parte era um disparate, mas por detrás de alguns deles revelou-se o coração do que é hoje a Química. Não considero por isso inconcebível que alguns dos fenômenos que hoje tratamos como ficção, completamente paranormais, revelem uma verdadeira base científica. Em particular, os fenômenos que excluímos não por causa do primeiro princípio da termodinâmica mas por causa do segundo princípio.
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