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domingo, 10 de fevereiro de 2013

PODSABER #6 - Epistemologia


Na aparente simplicidade da sua forma escrita o Espiritismo abrange todos os campos do Conhecimento. Não o faz de maneira sistemática, mas espontânea, numa espécie de improvisação determinada pelas exigências do borbulhar dos fatos e da escassez do tempo. Kardec já estava com 50 anos de idade e não dispunha de recursos financeiros e meios técnicos, nem de auxiliares preparados para a execução da obra imensa e urgente que o desafiava. Estava só diante daquela erupção de fenômenos que tinha de controlar na formulação de uma doutrina que os tornassem acessíveis a todos. Dispunha apenas dos seus conhecimentos científicos, da visão pedagógica herdada de Rousseau e Pestalozzi, dos instrumentos humanos de pesquisa que eram as meninas Boudin, de 14 e 16 anos e dos recursos da sua didática, desenvolvidos nos Institutos que fundara e dirigira, nas obras que publicara e nos serviços prestados à Universidade de França como diretor de estudos. Valeu-lhe o seu temperamento calmo, ponderado, que lhe permitiu dominar as circunstâncias e organizar uma nova ciência apoiada em pesquisas dotada de métodos próprios, entrosada nas exigências cientificas da época, amparada numa instituição científica por ele mesmo fundada e pelos meios de divulgação, pesquisa de opinião e possibilidade de debates em piano mundial, que criou com suas obras e a fundação e manutenção da Revista Espírita. Uma epopeia cultural silenciosa, que não obstante expandiu-se em todas as direções culturais, abalando o mundo.

PROF. J. HERCULANO PIRES - CURSO DINÂMICO DE ESPIRITISMO Cap. X - 1ª. edição: Junho de 1979

Ficha Técnica:
Apoio: SER
Técnico de Gravação: João Francisco
Músicas: Falar a verdade - Cidade Negra; Background Music Instrumentals - relaxdaily - B-Sides N°1 - http://www.youtube.com/watch?v=qycqF1CWcXg
Design:Thiago Panegassi
Edição: Silvana Saldanha / Marco Gandra
Webmaster: Marco Gandra
Participantes: Marconi Gomes, Marco Gandra, Dauro Mendes, Guilherme de Barros, Haroldo Dutra Dias, Thiago Franklin e Júlio Corradi (na corrente de sustentação e fotógrafo), leitura de e-mails com Geraldo Lemos e Henrique Lisboa








Boaventura de Sousa Santos - Por que as Epistemologias do Sul?

O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos vem desde o início dos anos noventa produzindo trabalhos significativos de análise sobre a estrutura e construção do conhecimento moderno. Podemos afirmar que inventariando as diversas raízes que organizaram e ainda sustentam as bases do 
conhecimento ocidental como culturalmente homogêneo, vem instigando a comunidade científica a debater sobre a eficácia da ciência na construção da realidade imediata das pessoas normais. 

O livro em questão, “Epistemologias do Sul” acredito ser um desdobramento desta jornada intelectual e uma busca de novas referências epistêmicas das ciências humanas. 

Diante do primeiro parágrafo do prefácio do livro “Epistemologias do Sul”, produzido pelos próprios autores, conjunto de textos organizados por Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses, e, publicado pela editora Cortez em 2010 (637 páginas), retorna à minha memória a fala do professor José Geraldo da Silveira Bueno sobre a definição de um adequado texto cientifico: “Quando temos um bom texto cientifico, o problema, objetivo e preocupação do autor, podem ser encontrados claramente no primeiro parágrafo da apresentação.” É justamente o que pode ser observado na abertura de apresentação do livro em questão. 

“Por que razão, nos dois últimos séculos, dominou uma epistemologia que eliminou da reflexão epistemológica o contexto cultural e político da produção e reprodução do conhecimento? Quais foram as conseqüências de uma tal descontextualização? São hoje possíveis outras epistemologias?” 

No conjunto das ciências sociais e nas fronteiras filosóficas da produção do conhecimento como dimensão intelectual dos homens atuais, como pode ser redimensionado este tipo de “valor social” para além da influência monopolizadora do pensamento europeu? Este é o centro da questão sociológica e filosófica abordada no conjunto de texto que compõe o livro. 

Um aspecto significativo da trajetória intelectual de Boaventura de Sousa Santos é o seu constante dialogo e inteiração com os mais diversos setores militantes dos movimentos sociais de vanguarda. Movimentos que transitam desde, dos países explorados no capitalismo global até os grupos de minorias e guetos das sociedades mais ricas do globo.

Fonte:http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/EspacoAcademico_Abril2011.pdf





Ken Wilber: Espiritualidade e as 3 vertentes da ciência







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