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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

REALIDADES FÍSICAS QUE PODEM EXISTIR ALÉM DO NOSSO ESPAÇO-TEMPO, ALÉM DO NOSSO UNIVERSO FÍSICO

Vejam este sensacional artigo que transcrevo abaixo.

Nicolas Gisin, que como já lhes disse é a décadas um dos maiores físicos quânticos, é também um dos autores deste preciosíssimo artigo. 

Este trabalho foi publicado na Nature Physics que é uma das mais importantes revistas de publicações científicas do mundo.

O importantíssimo artigo, que se seguirá a esta introdução, nos traz mais evidências de que "Há muito mais entre o céu e a terra, do que supõe a nossa vã filosofia", como disse muito bem William Shakespeare, famoso dramaturgo inglês. É como Emmanuel nos fala no prefácio do livro "Nos domínios da Mediunidade", que "os cientistas estão se tornando sacerdotes do espírito, sem o desejarem...".

No artigo abaixo, estes sensacionais físicos a quem muito agradecemos por suas fantásticas descobertas que estão nos ajudando a nos instrumentalizarmos e a nos armarmos com as ferramentas das descobertas que a ciência está nos dando, para com elas fundamentarmos o ESPIRITISMO, sempre dentro de possibilidades e dentro do razoável; no artigo abaixo eles nos falam das conclusões a que estão chegando através da sua ciência da possível existência de realidades físicas fora do nosso ESPAÇO-TEMPO, fora do nosso universo físico. Esta linha de pesquisa deles, usando a Mecânica Quântica, principalmente a Não-Localidade e o Emaranhamento Quântico, é mais uma evidência a favor da existência destas outras possíveis realidades físicas existentes fora do nosso universo, evidência que se somam a outras evidências trazidas por outras áreas da física, como a das pesquisas sobre a existência de universos paralelos; como as das pesquisas sobre o Vácuo Quântico que cria, gera, e sustenta o nosso universo físico; como as das pesquisas e descobertas existentes em outras áreas da Mecânica Quântica que fundamentam a possível existência dos universos, realidades e planos de existências, paralelos; como também as contribuições da Teoria Cosmológica Inflacionária  que nos levam nesta direção, implicando obrigatoriamente na existência de universos paralelos, e como a teoria da Relatividade Geral de Einstein também faz o mesmo, nos levando a considerar como possível, estas realidades físicas paralelas à nossa. Também as pesquisas sobre a existência possível de outras dimensões físicas de espaço, nos levam a acreditar que pode existir muito mais coisas além do que vemos e tocamos, e claro que não podemos nos esquecer das pesquisas sobre a matéria escura que apontam também na direção de possíveis universos paralelos, dentre outras coisas. Como já disse Murray Gell-Mann, prêmio nobel de física, a física mais impressionante acontece no INVISÍVEL. Só conhecemos, pouco e relativamente, apenas 4% do nosso universo e o resto, 96% dele, nos é invisível e completamente desconhecido.

Então falar da possível existência de realidades físicas além do nosso universo físico, além do nosso espaço-tempo, incluindo aí o próprio conceito de PLANO ESPIRITUAL que o Espiritismo nos dá, não é mais absurdo e não é mais somente assunto e tema do domínio da filosofia e da Religião. É assunto, objeto, e matéria de estudos muito sério da FÍSICA MODERNA.

Finalizando quero relembrar o que dois gênios da física falaram e que eu cito muito. Primeiramente Paul Dirac, prêmio nobel de física e um dos principais pais da Mecânica Quântica, que diz que a nossa realidade física é gerada, criada, por UM OCEANO DE ENERGIA INVISÍVEL. Em segundo lugar outro gigante da física, David Bohm, que diz que a nossa realidade, que ele chama de ORDEM EXPLÍCITA, é gerada, criada, por uma realidade mais profunda que ele chama de ORDEM IMPLÍCITA.

O que é colocado, apresentado, no texto é que "pode não se tratar apenas de uma teoria mais fundamental, "por baixo" de tudo, mas de uma outra realidade, "por baixo" da realidade do nosso próprio Universo".

Dauro Mendes

"Influências escondidas" podem existir além do espaço-tempo



Pode não se tratar apenas de uma teoria mais fundamental, "por baixo" da Relatividade e da Mecânica Quântica, mas de uma outra realidade, "por baixo" da realidade do nosso próprio Universo.[Imagem: Yasdani Group/Princeton] 


Físicos estão propondo um experimento que pode nos obrigar a fazer uma escolha entre explicações radicais para descrever a natureza e o comportamento do Universo. 

Explicações muito mais radicais do que a recentemente demonstrada natureza fundamental das partículas quânticas

Se o resultado do experimento der um cabalístico 7, então o Universo segue as leis da relatividade de Einstein, tudo se move suavemente e a velocidade da luz continuará sendo o limite universal de velocidade - tudo continuará bem familiar. 

Mas se o resultado superar o 7 - para ser mais exato, se ele chegar a 7,3 - então não apenas os físicos, mas também os filósofos terão que fazer uma convenção mundial para tentar traçar parâmetros para uma forma totalmente nova de pensar o mundo - e superar a velocidade da luz passaria a ser algo trivial. 

Relatividade versus Mecânica Quântica 

O experimento visa responder uma questão que desafia os físicos há um século: Qual é a explicação mais fundamental para a natureza do Universo? 

Seria a Relatividade, seria a Mecânica Quântica, ou haveria algo mais fundamental por baixo de tudo? 


O que Jean-Daniel Bancal e seus colegas agora estão cogitando é que pode não se tratar apenas de uma teoria mais fundamental, "por baixo" de tudo, mas de uma outra realidade, "por baixo" da realidade do nosso próprio Universo. 


Quando duas ou mais partículas ficam entrelaçadas, tudo o que acontecer a uma imediatamente afeta a outra, independentemente da distância que as separe. [Imagem: Timothy Yeo/CQT/National University of Singapore] 

Universo não-local 

A Teoria da Relatividade está longe de ser simples, mas, em um campeonato de estranhices, a Mecânica Quântica ganha disparado. 

Então, se a natureza quântica do mundo for confirmada, o que isso significaria? 

Há duas possibilidades. 

A primeira é confrontar a Relatividade de Einstein e aceitar que é possível mover informações, ou o que seja, mais rápido do que a luz. 

O problema é que a Relatividade é uma teoria extremamente bem-sucedida, e não é fácil encontrar pesquisadores que a questionem frontalmente. Assim, para muitos físicos, esta seria a possibilidade mais radical

Mas dificilmente se poderia negar à outra possibilidade de explicação do mundo o adjetivo "radical". 

A opção restante seria aceitar que existe algum processo subjacente - por assim dizer, "fora" do nosso Universo - que tem um efeito sobre o nosso espaço-tempo equivalente a considerar que uma coisa pode afetar outra, independentemente da distância entre elas, em uma velocidade infinita. 

Seria o efeito borboleta levado ao extremo dos extremos, no sentido de que alguma coisa poderia afetar outra, em qualquer parte do Universo, não como uma cadeia de acontecimentos sucessivos, mas direta e imediatamente. 


Estaríamos então em um Universo marcado pelo que os físicos chamam de "não-localidade". 

Em um Universo não-local, cada pedaço do Universo pode ser conectado a qualquer outro pedaço, em qualquer lugar, instantaneamente - seria algo como a abolição do movimento como fenômeno necessário para interligar dois pontos. 

É claro que isso desafia a nosso senso comum sobre a realidade, representando uma outra solução radical. 

Mas os físicos afirmam que é preferível aceitar essa opção do que a comunicação a uma velocidade mais rápida do que a da luz, porque então eles não teriam nenhum outro fenômeno, e os experimentos mostram que nem neutrinos superam a velocidade da luz


"Nosso resultado dá peso à ideia de que as correlações quânticas surgem, de alguma forma, de fora do nosso espaço-tempo, no sentido de que nenhuma história no espaço e no tempo conseguiria descrevê-las," explicou Nicolas Gisin, da Universidade de Genebra, na Suíça, membro da equipe internacional que está propondo esse desempate entre Relatividade e Mecânica Quântica. 

Como explicar o entrelaçamento quântico 

O experimento propriamente dito consiste em medir as interações não-locais entre quatro partículas quânticas entrelaçadas. 

O entrelaçamento quântico - ou emaranhamento quântico - já está muito bem demonstrado experimentalmente, sendo utilizado, entre outros, na busca pela construção dos computadores quânticos

Quando duas ou mais partículas ficam entrelaçadas, tudo o que acontecer a uma imediatamente afeta a outra, independentemente da distância que as separe. 

E, como isso não é teoria, mas realidade, a questão é como elas fazem isso. 

Aqui também há duas possibilidades. 

A primeira é que elas "combinariam" de antemão a modificação e, por algum processo desconhecido, saberiam exatamente quando sofrer a alteração. Essa proposta tem sido sistematicamente rejeitada por experimentos que mostram violações da chamada inequalidade ( desigualdades de Bell) de Bell. 

A outra opção é que as duas partículas trocariam um "sinal" para que uma soubesse que a outra foi afetada, e alterar-se igualmente. 


Autores da proposta (da esquerda para a direita): primeira fila, Yeong-Cherng Liang e Jean-Daniel Bancal; fila do meio, Antonio Acín e Nicolas Gisin; fila superior, Valerio Scarani e Stefano Pironio. [Imagem: QuantumLah] 

Influências escondidas 

O problema é aceitar que esse "sinal" - essencialmente uma informação, que seria usada pela segunda partícula para alterar-se em resposta a uma alteração da primeira - possa viajar mais rápido do que a luz. 

Por exemplo, se há mesmo uma troca de sinais, no experimento agora proposto, essa informação teria que viajar mais de 10.000 vezes mais rápido do que a velocidade da luz. 

Então a equipe de físicos que propôs o teste embalou junto uma nova teoria: a de que os sinais não seriam informação, mas "influências escondidas" que não seriam usadas para nada (como podemos com o conhecimento científico que temos hoje, que ainda está na sua infância, afirmarmos que estas " influências escondidas" não seriam usadas para nada- assim, elas não violariam a Teoria da Relatividade. 

Se essas influências escondidas existirem de fato, elas poderiam ser deduzidas de um sistema de quatro partículas quânticas entrelaçadas, que estariam conectadas por influências absolutamente fantasmagóricas - de fora do nosso espaço-tempo

É bom lembrar que Einstein chamou o "mero" entrelaçamento quântico de "ação fantasmagórica à distância" - seria interessante saber como ele chamaria essas influências quânticas escondidas, que seria algo como "úteis, mas inservíveis". 

80 dimensões 

Matematicamente, o sistema quântico do experimento proposto é descrito por um objeto de 80 dimensões. 

A inequalidade ( desigualdade) escondida - cujo resultado poderá ser até 7, ou até 7,3 - é o limite da sombra que esse objeto de 80 dimensões projeta sobre 44 dimensões. 


O grupo mostrou que as previsões quânticas podem estar fora desse limite, o que significa que elas estariam indo contra um dos pressupostos. 

Fora do limite, ou as influências não podem ficar escondidas, ou elas devem ter uma velocidade infinita. 

Entrelaçar quatro partículas é algo já feito por vários grupos experimentalistas, o que torna o teste agora proposto viável em um futuro próximo. 

Antes, porém, a precisão dos experimentos terá de melhorar para tornar a diferença mensurável. 

Todos a bordo: Expresso Buraco de Minhoca vai partir

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